quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Aspas
Por entre asas
"aspas"
emplumadas - sonhos
Vislumbra-se
o ser
Talvez seja esse
O minuto que antecede
o fruto
Mãos espalmadas
Silencio e lucidez.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Da lágrima
E da lágrima que brotou
Botões vermelhos surgiram
Embalados ao véu da noite
E cada canto contido
Escondido
Extraído agora
Nessa onda noturna
Onde tudo é silêncio
e descoberta
Uma luz no fim do túnel
Um beco onde há saída
Vida.
domingo, 7 de outubro de 2012
Despertar
Noite passada ela dormiu e sonhou que catava estrelas no manto de mãe Maria. Seu dia foi leve como poesia pequena, sem rima nem estrofe, mas linda em sentimentos. E teve cigarra cantando... um bando de cigarras como que chorando a dor de serem efêmeras. Seu canto tinha um quê melancólico, um chamado urgente e desabrochava em si sobre o véu prateado da lua. E a menina, pequena que é diante de tal quadro, adormecida ficou por uns tempos. Mas isso aconteceu antes que ela despertasse para dentro de si...
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
O Silêncio
Tempos de falar, horas de calar
O que se fala é algo incomum
Tempo seco, substancial
Sementes guardadas
Futuramente depositadas
Em solo propício
Pensamento flutuante
Mas pés descalços
Na terra.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Vicissitudes
Minha voz anda soando muda
Silenciosamente reclusa
Obtusa
Decepcionada com o viver
Suas vicissitudes - crueldades
E a carne grita surda
Como está meu coração
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Hoje
Apenas respirar
E a cada manhã retornar
Dormir sem mais se ferir
Sem nem mesmo ter que pedir
Pedido perdido ao entardecer...
Voar em verdes planos
Um dia de cada vez
Em vez de tudo-ao-mesmo-tempo-agora
Porque o ontem não faz mais sentido
E o amanhã está sendo fecundado...
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