quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A constatação do óbvio fim


Foi naquela manhã de nuvens esparsas, gotejando em pequenas doses e respingando a alma que rompeu-se enfim o silêncio. Disperso no ar o verbo louco e marejado mas sincero e melancólico. Não se sabe se tal fato indicava duração ou apenas mais uma desilusão seguida da burrice lógica de toda mulher. Quem é mulher entende o que a alma esbalda num ir e vir como a maré. Fases da lua, que no certo, mulher, o é. E foi no romper do silêncio que ele enfim instaurou-se. O silêncio revelador. Revelando toda a dor do ser. De ser. Enfim, o fim. Até mesmo a mulher cansa-se, um dia, de lua ser.

8 comentários:

  1. "Até mesmo a mulher cansa-se, um dia, de lua ser."
    Muito verdadeiro isso!

    ResponderExcluir
  2. belo todo ten un ponto en que nao se consegue segurar mais por muita sensibilidade que se tenha mesmo asim nao se segura mais... belos versos amiga

    saludos
    abracos
    otima semana

    ResponderExcluir
  3. Vogando ao acaso por ai, descobri o teu blog, e ainda bem, porque gostei do que vi e li.

    Bjs

    ResponderExcluir
  4. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  5. Mais um ano cheio de poesia
    Algumas tristezas, muitas alegrias
    Versos e prosas encantando nossas vidas
    E a certeza de que as amizades preciosas
    Elevam a alma, erguem o nosso dia a dia.

    Que o Natal seja lindo para você e os seus
    E que 2011 seja um ano de muita Paz, Saúde e Felicidade.

    Agradeço profundamente pelo companheirismo
    e pelo constante apoio e carinho para com as minhas letras.

    Feliz Natal e Um Super 2011 para você.

    Renato Baptista

    ResponderExcluir
  6. Não devia a mulher deixar de ser Lua, clara,fascinante...nua.
    Abraço

    ResponderExcluir

Eu não sei dizer nada por dizer,
então eu escuto...
Fala!