segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Eclipse lunar


Estavas no céu solitária
Vieram estrelas acompanhar
Cortejar teu explendor
Mas a luz maior vinha de ti
Quando lentamente
A escuridão tomou tua luz
Ainda assim um feixe
Brilhava em algum canto teu
Nada, de fato, escureceu
E para encanto meu
Contigo fiz um pacto
Antes de ver enfim
A montanha lhe devorar

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A constatação do óbvio fim


Foi naquela manhã de nuvens esparsas, gotejando em pequenas doses e respingando a alma que rompeu-se enfim o silêncio. Disperso no ar o verbo louco e marejado mas sincero e melancólico. Não se sabe se tal fato indicava duração ou apenas mais uma desilusão seguida da burrice lógica de toda mulher. Quem é mulher entende o que a alma esbalda num ir e vir como a maré. Fases da lua, que no certo, mulher, o é. E foi no romper do silêncio que ele enfim instaurou-se. O silêncio revelador. Revelando toda a dor do ser. De ser. Enfim, o fim. Até mesmo a mulher cansa-se, um dia, de lua ser.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sobre a organização do caos


E é quando me sinto entardecer que vem a vontade inerte de escrever. Por dentro latejam rimas soltas, sem direção. Procuro no meio da confusão de sentimentos um papel-teclado para fazer brotar flores onde há caos. E vem reza de anjo torto, vem súplica de diabo querendo virar anjo. O que vier eu desentorto, alinho, tento. E tem tentação de dedicatória também. Nunca para mim.O vitrilho-mente divide-se ao meio, metade arco-íris e em metade, cor não há. Repouso sobre lembranças ainda vívidas, relíquias de esperança e fico a contemplar. Se um botão abre-se em flor, é meu coração que acelera. E agora mesmo, na primavera, meus versos pobres saem salpicados da canção das cigarras. É preciso esses instantes onde pairo sobre mim mesma. Tomo em mim um grito rouco, desenho louco se faz. E que Deus abençoe meus dias em que transformo angústia em mel ou dias em cartas, poesias e amor.

sábado, 2 de outubro de 2010

Considerações sobre quem ama


E porque sempre foi assim não quer isso dizer que sempre será. O que digo hoje pode não ser o mesmo amanhã. A brisa que hoje passeia leve pelos meus cabelos pode voltar no futuro como fúria de vendaval. Carregando consigo pó de minério que um dia brilhou. Não quero prender-me a erros idos em dias tidos como bons. A vida expressa e contida em versos me espalha e desnuda a alma presa ao corpo que acorrenta. E é quando morro que acordo para desejos e anseios. Incontinência arbitrária que atira-me ao longo da tarde. Nessa chama de fogo-fátuo é que me espreguiço e sigo. Nuances de cetim e carmim que brotam de meus lábios.  E não adormeço enquanto cada palavra que ouso dizer não couber em minha boca. Ainda bebo cada gota contida nesse cálice. Manhãs inversas, tardes cálidas, noites frias. E longas, insones. Deve ser porque durmo chorando que amanheço poesia. Quem ama entende bem o que digo...

Considerações sobre a paciente insistente


Ela pensa que a dor é coisa fincada no coração da gente e que puxa a gente pro centro da terra tentando nos firmar no buraco que vem do vazio da mente da gente, que mente. O que ela não sabe é que se não é pelo amor é mesmo pela dor que a gente cresce, ou melhor, transmuta. E nesses dias de chuvas primaveris é dentro dela que chove, como uma tortura fininha, lambendo-lhe a pele e a alma. Ela olha pela janela, na vidraça, as gotas que caem são dela e pelo rosto escoam em tórridas sensações de plenitude e vazio. Conta os quatro ventos que ama, que chora e que goza. Conta que está viva ainda e quer e pode. A menina-mulher pensa que é tristeza, mas dela emana-se luz de sol. Porque lá dentro dela a semente brotou e embora tímida quer luz, e briga pra sair por aquela fresta que ainda resta. E vai ser exatamente naquele dia D,  dentro do seu vestido azul que ela vai sentir e vibrar, pois com ela hão de se fiar no firmamento todas as estrelas...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dualidade


O corpo nega
O que a alma sente
Mente a semente

Vem de dentro da gente
Esse sentir maior

A alma tem pressa
Aperta o passo
Chega na frente

Passa por cima da gente
Sem olhar para trás

A vida pulsa
E de nós expulsa
Os nós

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Selinho


Recebi esse selinho de Giselda http://gizelda-desassossego.blogspot.com/ - Desassossego
Fiquei muito feliz, obrigada!

Regras:

a) Postar o selo

b) Dizer nove coisas sobre mim:

1. Amo a vida
2. Sou uma pessoa em constante aprendizado
3. Gosto da criança que habita em mim e brinca com outras...
4. Procuro irradiar amor para todos que precisam
5. A poesia, a música, os bons filmes e os livros são meus grandes companheiros
6. Amo minha família, meus amigos e meu Picture
7. Meu filho é minha maior dádiva
8. Não sei viver sem produzir
9. Não gosto de mentiras, crueldade e covardia

c) Indicar nove blogs

Alma Cigana - Júlia Carolina - http://almacigana19.blogspot.com/
De modo que - Sânzio - http://demodoque.blogspot.com/
Lu entre amigos - Lu Cunha - http://luentreamigos.blogspot.com/
O livro dos dias dois - Everson Russo - http://olivrodosdiasdois.blogspot.com/
Academia da poesia - Renato Baptista  - http://academiadapoesia.blogspot.com/
A biografia do fogo - Moisés Poeta - http://biografiadofogo.blogspot.com/
Reviver em versos - Beatriz Prestes - http://reviveremversos.blogspot.com/
Roxo Violeta - Tânia Regina Contreiras - http://roxo-violeta.blogspot.com/
Marquinhos Poesia - Marco Antonio Crus - http://marquinhospoesia.blogspot.com/

É claro que não consegui enviar o selo para todos os blogs que acompanho, porque nove é muito pouco...
Beijos iluminados a todos.

terça-feira, 27 de julho de 2010

O encontro


Hoje saí da cama mais cedo,
( No rosto, estranho desejo)
Olhei-me no espelho
Com ternura e horror
Saí da casca retorcida
E fui para a rua bailar

Sorvi todas as migalhas
( Instauradas no chão-alma)
Percorri vários caminhos 
Pecados e amores  trilhados
Deslizei  leve com o vento,
Despi-me de todo tormento

Água derramou-se no rosto, 
( Levando embora o desgosto)
Fui beber todos os males,
Procurar por perto outros ares
Dentro do ponto fugidio
O centro do delírio-naufrágio

Aproximei-me devagarinho do Eu
( Lucidez de quem é insano)
Soltei a matilha de lobas a uivar
Senti-me bela, iluminada pelo luar
Distraída, tinha ido me encontrar
E amei cada pedaço de mim

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Hildeana II


E esse sentimento flor-de-lótus entranhando alma-corpo-espírito combinando com o exato quadro realístico de flores exóticas onde miro meu olhar. Indo e vindo ao vento frio dessas noites de inverno glacial fora e dentro em mim. O corpo cansado tenta em vão e sozinho livrar-se do trabalhar penoso e intenso, profundo e incessante da mente. E tem horas aquela fisgada no peito, lado esquerdo-direito-central, por todos os lados. Chamam de angústia mas nada assusta, tudo distrai, nada descansa, tudo atrai. Traio-me. Apesar de, vejo sóis em sombras, coisas onde não há. Não fosse o lápis deslizando sobre o papel, nessa folha anteversa, não haveria onde escoar tanto sentimento transformados em pobres palavras, símbolos que rabisco, transmutação de letras-sílabas-palavras-frases-textos, e raras, onde eram abundantes, poesias. Exercito a catarse do ser. Noite alta, a luz ainda acesa, o rosto lindo do filhote dormindo na cama ao lado nessa casa centenária. Apagam-se as luzes e fecha-se o livro, sem ler o despejo que certamente será desaprovado para publicação. Ao longe, uma canção, o bater de sinos e o toque de recolher. Depois da catarse, lampejos de luz e paz.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Estilhaços


Nesses longos dias estranhos
Em que ando eu sumida de mim
Apartada de antigos desejos
E de meus presentes anseios
Procuro a luz no fim do túnel
Inclinada a alguns temores
Cantando hino de louvores
Para a lua e seus tais afins
Desde quando perdi o brilho
Faltam-me versos para expressar
Durmo em praças, qualquer lugar
Menos no meu já cansado corpo
Sinto-me um ser estranho, amorfo
Sem graça, cor, cheiro ou sabor
Busco soluções entre opções
Saudosa de  vontades ou paixões
Entoo um canto triste que ecoa em vão
Apagaram-se as luzes, o palco caiu
Sumiram os palhaços, a alegria partiu
Meu peito ruiu, a música silenciou
E o que fica são pequenos estilhaços
Pedaços de mim espalhados no chão
E a cola além,  longe da minha mão

terça-feira, 29 de junho de 2010

Coração-lar


Nestes dias frios queria você aqui
Não preocupe-se não, minha mãe
É só essa necessidade de aconchego
No teu doce colo-ventre-pátria
Esse cheiro do alimento vindo de ti
Minha paz e conforto instaurados
Quando estou sob teus olhares
Plenos de luz, amor e doação
É só um fim que quero dar na solidão
Desses dias longos de inverno rígido
E uma vontade de dormir abraçada a ti
Por que mãe, um dia a gente tem que sair
De onde não devia ter deixado nunca?
Por que ter que abandonar o ninho
Deixar para de vez em quando o carinho?
A vida é assim, não é, mãe?
Ambas sabemos a importância de crescer
E aprender a se fazer o conforto de outro ser
Costurarmos essa colcha de retalhos em outras teias
Sem contudo perder o sangue de nossas veias
Mas quero dizer sem ter que chorar
E se for preciso que eu chore então
Que sempre estarei agarrada à tua mão
E dentro de ti, no coração, meu lar

terça-feira, 22 de junho de 2010

Infância


Vem em mente doces lembranças
Do meu tempo de criança
Lambuzada de manga doce
Apanhadas no galho mais alto
Chegava a tocar o céu
O cheiro doce da travessura
Inventada e almejada
Brincadeiras inocentes
A ilusão do nirvana
Liberdade e fantasias
Nas quais acreditava
E eram fadas e duendes
Princesas e outras fábulas
E hoje
Na magia das lembranças
Há esperança e alegria
De ser ainda um pouco criança

domingo, 20 de junho de 2010

Bordando Sentimentos

Costurando palavras
Bordando sentimentos
Vou tecendo esse véu
Que paira sobre nós
A lua acesa no céu
Desfazendo os nós
Rompendo auroras
Na fraca luz do quarto
Abraçada ao travesseiro
Sonhos refazendo-se
Deixando apenas
O que nos resta
Colagem de alquimia
Enxoval de quimera
E tudo mais é amor
Silêncio e luz
E tudo mais é paz

segunda-feira, 14 de junho de 2010

"The great gig in the sky"


Amiga,
Teu semblante de luz
Chega agora à minha mente
Através de tua voz melodiosa
"The great gig in the sky"
Juntando os cacos de onde me perdi
"Eu não estou com medo de morrer"
Porque cada vez que juntas morremos
Reuniões secretas, incertas, corretas
Sorrindo e vivendo essas nossas vidas
Permeadas de satisfação e dores
Cada vez que nos entendemos bem
E assim, plenamente nos encontrando
A compreensão mútua em forma de luz
O céu distante mas demasiado perto demais
Duas vidas entrelaçadas, seguindo o rumo
Eu estou em ti e tu em mim,  como o cosmo
Seguindo a cauda desse enorme cometa
Que nos leva além alma e além mundo
Buscando a paz de uma amizade sublime
E acima de tudo ouvindo o sussuro distante
The great gig in the sky...

Para minha amiga de outros tempos, de sempre e além
Hená Deslandes.

domingo, 13 de junho de 2010

O Ser Amor


O amor faz perder-se
Para então encontrar-se
Amor é dádiva sagrada
Sem definição correta
Mas nunca palavra incerta
Por estar além da compreensão
O amor anda nos ares
De quem o sabe conquistar
Palavras doces, carinho pleno
Quando dói, sinal que é real
Por mais que se tente enganar
A vida, sua morada
O coração, seu lar
Amar é estar vivo
É respirar suspiros vários
É canção de tons sublimes
É desapego e sossego
Ser amor é repartir a paz

sábado, 12 de junho de 2010

A mãe que és...!


Mãe com três letras apenas
e a dimensão
de amor,
carinho e dedicação
que tens nesta Vida!


como Mãe e Pai
constrois o rumo
dessa criança
(o Rafa)
que além do nome
lhe chamo futuro!

Sofro contigo
as horas de angústia
e ansiedade
na tua busca
do seu rumo
da sua felicidade
até à vitória final!

José Manuel Brazão

Para ti Lu; a Mãe exemplar Luciana Silveira.

Uma linda e emocionante homenagem do Zé...
Sinto-me feliz e lisonjeada...
Bjs, Zé

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Da tradução e solução do enigma


Às vezes é necessario
Uma pausa na vida
A solidão enxertada
Aquela, sábia e necessária
Para nos manter vivos
Nesses momentos vívidos
Mergulha-se no âmago de Ser
A mente quieta, tranquila
E a vida segue seu rumo
Com uma lucidez paralizante
Balanços de prós e contras
Lembranças do que se foi
Esperança do que ainda virá
Mas é preciso paz e luz
Olhos e coração abertos
Diante do espelho interno
Tradução completa do reflexo
Não há inverso ou máscara
Apenas a tentativa, vã ou não
Da solução desse enigma

terça-feira, 8 de junho de 2010

Asas partidas


A música que ouvia ao longe
Adentrava-se em meu coração
Revirando ternos sentimentos
De paz, alegria e bem querer
Sua melodia sábia e melancólica
Remete-me a bons tempos idos
Entoando aos meus ouvidos
Tudo aquilo que poderia ser
Esse tom abençoado é luz mas solidão
Nas noites frias e insones de reflexão
É tristeza mas também compreensão
Algo em meu peito querendo extravasar
Sair de mim, e se encantar
Quando foi mesmo que saí do rumo
Perdi o prumo e a doce fantasia?
Agora a noite transformando-se em dia
E o coração totalmente fora da melodia
Ah alma minha, como eu gostaria
De caminhar novamente nos trilhos
Sentir a música, seus tons e brilhos
Meu coração aberto com enredo
E a melodia soando sem segredo
O encontro derrotando o medo
Minhas asas agora pequenas e partidas
Alando-se  leves ao frescor do vento

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Alegria submersa

O verdadeiro amor é doação
É renúncia, entrega e espera
O amor transpõe distâncias
Doce e terno, nunca rispidez
Reinventa-se a cada minuto
Segue em suas alternâncias
Num sentir pleno e vívido
É uma eterna e bela aliança
Entre a paz, o amor e harmonia
Amanhecendo em cada dia
Seguindo os passos do coração
É compasso, nunca escasso
O amor original, longe do animal
Possui  fel transformado em mel
Irradia-se para além de máscaras
De vontades próprias ou capas diversas
O amor contém a sabedoria íntima
De que não se prende, sufoca ou força
É a alegria do outro submersa em nós

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Olhos nos olhos


Quando fecho meus olhos tristes
Teus meigos olhos me invadem
Olhos que sorriem para os meus
Meus olhos rasos d'água diluem-se
Então nesse momento não há como
Desprender meus olhos dos teus
Corpo e alma enfim compreendem
Essa força que nos une e acalanta
Nosso olhar é luz e fogo e graça
Quando juntos é criatividade pura
Ao te ver miro-me em um espelho
Que logo devolve-me cada reflexo
Teu olhar é porto seguro, amor meu
Onde estou ancorada para sempre
De mãos dadas ou amando-nos
Olhos nos olhos, carne na carne
É no céu que nos encontramos
Pudera eu beber cada lágrima vertida
Navegar pela distância desse mar sem fim

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Viagem infinita


Não vou perder aquela viagem
Ainda em minha carne, veículo
Passeando sobre abismos rasos
Auroras dourando a alma-casa
Pássaros de asas reluzentes
A viagem é infinita, benvinda
Refazendo cacos de construção
Vêm tremores a rondar sensações
Teus olhos a rondar os meus
Promessas de completude
Entrega mútua sem pudores
O cansaço é nada perto de ti
Pois tua presença é descanso
É vida explodindo em partes
Partes de nossa teia-história
E a saudade,  apenas tenta ser

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Alento



Alento

v.t. Dar alento; animar, encorajar. / Alimentar, sustentar. / Incitar, excitar, estimular. / &151; V.i. Respirar, resfolegar.

Teu corpo é meu espelho
E nele encontra-se
Cada pedaço de mim
E navego sem naufrágio
Sem medo ou ilusão
Em teu mar sem fim
Nas noites frias, sem luar
Fico horas a lembrar
Nosso eterno enraizar
Olho teu retrato tatuado
Na janela da lembrança
E beijo-te, meu amado
Nas horas de solidão
Firmo-me em tua existência
Pois acalma meu coração
Que bate em disrtimia
No segundo seguinte
Pela nossa alquimia
Quero de ti, o vento
O amor feito, sagrado
Seja sempre meu alento
Tudo nesta vida é ilusão
Mas quando penso em nós,
Você e eu, não!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Permita-me


Essa demora para anoitecer
E dias passam como nuvens
Eu  sei que não vou passar
Dias brancos, fios cortantes
Anseio por nossos instantes
Minha palavra é quase nada
Mas esse  sentimento é tudo
Circulos vazios  de fumaça
No abajour do meu quarto
Neste teclado empoeirado
Cansado de tanto esperar
Você chega com teu olhar
Tocando o cerne da alma
Tua imagem então aparece
E tudo em volta me apetece
Me deixa enfeitar teu corpo
E cobrir de estrelas teu cabelo
Saciarmos a fome do desejo
Aplacar a sede em um beijo
Permita-me te amar

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Anjo sem vestes


A alma terna e simplória
De um anjo sem vestes
Uniu-se ao amanhecer
Fundindo-se em lágrimas
Brotadas de meu ser
Do céu caiam gotas luminosas
Cobrindo o chão de cor e luz
O prenúncio de dias melhores
Tornou-se parte do meu dia
Recordações de um tempo de paz
O coração,  a acalmar sua fúria
De querer mandar no que não lhe compete
Por dentro a plena certeza
De que diante de tanta beleza
Nada poderia ter sido em vão
E a lua, cheia de satisfação

domingo, 23 de maio de 2010

Rosas vermelhas


Cada rosa com que enfeitaste meu corpo
De botões desabrocharam-se em flor
E são milhares de botões
Caindo em pétalas de diversos matizes
Todos eles em tons de vermelho-paixão
Lembrando-me cheiros do nosso amor
Forte, intenso e lascivo
Eternizados na beleza e na cor
Comemos cada pedaço dessa maçã-do-amor
Reminiscências de cada momento vivido
E nosso sofrer pela distância
Torna-se belo e calmo
Diante da grandeza do oásis almejado

sábado, 22 de maio de 2010

Mares distantes


Não sou desta época
Nasci em era errada
Em um tempo sombrio
Que não adequa-se ao meu
Sou de um tempo remoto
Onde havia sensibilidade
E os valores eram retos
Venho de mares distantes
Água onde às vezes mergulho
Em busca de alento e paz
Sou de ares remotos
Lugares luminosos e diferentes
Onde brinco com fadas e duendes
E descanso sem máscaras
Meu tempo é escasso
E anseio pelo momento de retornar

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Fruto do amor


Quero me encontrar
Quero te encontrar
Em mim
Quero ser um ser
Com você em mim
Em todos os sentidos
Mesmo sem ter sentido
Buscar um amor belo
No que temos a nos oferecer
Aprender e apreender
As raízes do verdadeiro
Sem dor ou complicação
Apenas com você no coração
Não preciso de regras
Nem preconceitos
Meus preceitos
Quero me inspirar
No momento sublime e exato
Recordar o futuro
Nas linhas de teu rosto
Me perder, me extasiar
Mesmo que seja loucura
Saber viver essa loucura
Para que não me arrependa
Porque tudo que é fruto do amor
Significa para mim pura emoção

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Amor - Rara flor


Estas lágrimas de chuva que caem agora
Não me convencem que devo ser triste
Por essa distância que nos separa, meu amor
Pelo contrário, elas lembram-me água que escorre
Cada vez que sinto tua presença em meu corpo
Lembrança de momentos  belos  vividos
Intensamente sentidos e absorvidos por nós
Essa chuva teimosa, que produz frio exterior
Não alcança o que vem de dentro, que é esse amor
Elas teimam em cair, mas meu cerne não alcançam
Pois ainda queima em mim nosso amor abrasador
E mesmo o mar, esse imenso e salgado senhor
Lembra-me são teus olhos, eternidade constante
Canta-me fados, rios que desaguam em mar
Esperarei sempre o que há de vir, amor meu
Com uma calma e graça de coisas que vêm da alma
Então durmo serena, certa de que estudante ainda sou
Desse amor que emerge e vem da mais rara flor

Doce prisão


Vem dele e é para ele
Tudo o que sinto
Tudo o que escrevo
Sem medo
Esse amor calado
Flui em meus versos
Meu amado
Quando a brisa chega
É seu cheiro que sinto
E quando digo chega
É para mim que minto
Esse amor desvairado
Esgarça minha solidão
E é em suas mãos
Que anda meu coração
Doce prisão
Essa nossa liberdade
Sempre teremos vontade
E nos corpos um do outro
Saciaremos esse desejo
Cobrindo-nos como num beijo
Proponho um pacto
Como testemunha, a lua
És meu
E sou tua

terça-feira, 18 de maio de 2010

Transformação


Nessas tardes frias e cinzentas
Onde o céu parece desbotado
Sinto em meu peito grande frio
A vida parece nado sincronizado
Onde as horas arrastam-se
L E N T A M E N T E

No varal da minha alma
Dependuro sonhos
São multicoloridos
Faíscas fascinantes
Nunca vistos antes
Por olhos comuns
Estão lá
Flores diversas
Rosas vermelhas
Lírios violetas
Miosótis azuis
Girassóis amarelos
E uma derradeira
Flor-de-lis branca

Minha saudade estanca

Em minha alma latente
Sangue quente corre em minhas veias
Aquecendo o dia monótono
A poesia brota de pequenos musgos
Transformando-se em flores coloridas

Um beija-flor atraído, beija e pousa

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Distração


O meu amor é distraído, nem imagina como vivo por ele, que em noites de lua cheia, a água em mim serpenteia e vai e volta batendo no espelho em que me olho para que ele me veja. O meu amor é ocupado, nem sabe como e o que faço para o entreter em minhas teias, para que ele se lembre que eu existo e estou aqui e fervo. E não sabe como eu me pinto e bordo, como me enfeito, e, para todo o efeito, permanece sem saber. Sem saber das veias, das meias em que me enfio para aquecer meu frio, e não sabe que eu ando também distraída, às vezes me sinto traída e isso tudo porque ele dorme. E ando pela casa de um lado para o outro, vou à varanda, me espreguiço na rede e quando olho a cidade, pontinhos brilhantes ao longe é seu olhar que vejo, a desfilar e dançar bem em frente a mim. Meu amor não sabe que vou ao quarto, abro o armário e boto pra fora todos os cheiros, todo o esmero, toda beleza guardada em potes de diferentes formas como é diferente a forma como o amo. Ele não me vê em meu atelier desfiando tintas e sonhos e nem dá atenção aos poemas, onde me exponho. Meu amor não sabe que em meu pensamento eu o invento, eu o transformo e ainda penso em rebentos. Ele nem sabe que depois de suspiros e providências, penso umas indecências, subo pelas paredes, escrevo cartas de amor. Meu amor não imagina que ando voando por ruas desertas, sempre alerta ao que há de vir. Ele não sabe porque me conhece bem. Meu amor é assim mesmo, distraído. Nem escuta o estampido que vem do meu coração, que é dele.

domingo, 16 de maio de 2010

Virá



Abro a janela dos meus sonhos
Por entre as frestas, arriscam-se luzes
Desejos cintilam em azuis violáceos
Arrisco uma nota sol em meu vilolino imaginário
Estrelas cadentes pousam neste instrumento
Então, nada mais causa-me tormento
A voz do vento a susurrar
Eternizado em nosso bailar
Pedaços de uma vida solidária
E, hoje vejo, nada solitária
Ver vir o sentimento inerte
Agora, sim, sempre
É querer queimar-se em fogo brando
É saber-se nascida para  doar
É saber que virá
E virá, e virá...
De ti, quero o corpo e o alento
De resto, quero-te em mim.

Soneto do Amor Total - Vinícius de Moraes, por Maria Bethania

sábado, 15 de maio de 2010

Saberes lunares



Não são tuas, meu amor, as minhas culpas.
Sou tua, aliás, sempre fui...
Hoje, no bailar das estrelas infinitas,
Sinto-me assim, como elas...
Mesmo sabendo que vais deixar-me,
À mim, não importa-me mais.
Sou sua, aliás, sempre fui...
Hoje, no cintilar da lua encoberta,
Mas cheia de si em seu explendor máximo,
Sinto-me assim, como ela...
Mesmo sabendo eu, mesclada de luz e paz,
E sabendo eu, do próximo abandono,
Permaneço sabendo que és meu...
Aliás, sempre foi.
E hoje, retida em meus devaneios,
Enlaço-me à lua, e uivo alegremente,
Porque ontem, foi você inteiramente meu.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Poema-Luz


Preparo um poema-luz
Que retira das entranhas
O mistério contido
No mais obscuro recanto da alma
Um poema que salte aos olhos
Brilhando intermitentemente
Como nos momentos em que somos
O lápis, ávido, desnudando a folha
E deixando marcas profundas
Abrindo espaços, dantes ausência
Explorando vácuos hoje preenchidos
Inundando de sal e mel o papel
E em mim, ondas revoltas
Oceanos de graça e beleza
E o verbo faz-se natural
Pleno de mim
Cheio de ti

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Devaneios


Rasga-me
Dá-me teu sabor de pecado
Devasso
Vira-me pelo avesso
Mas diga-me que por mim tens apreço
Diga que eu mereço
Para você não tenho preço
Incendeia-me
Depois, ofereça-me teu colo-berço
Tira-me do sério
Sem nenhum critério
Ofereça-me teu néctar
Parte de teu mistério
Mas sirva-te antes do meu
Sempre preparado para ti, meu Romeu
Então durma em meus braços
Acalante meus sonhos
Nosso planos
Tantos desenganos
Dê-me de presente a lua
Para que eu seja sempre tua
Encha de tesão minha inspiração
Monitore minha respiração
Entre de mansinho em meu coração
Lar de tanta devoção
E depois desapareça
Povoando de ti minha cabeça

Explicação


Minha mãe disse-me outro dia:
Menina, só pensas em poesia?
Pode não, pois lunática ficará.
Eu explico, em  poesia, mãe...

Sou um pequeno grão de areia
No meio desta vasta imensidão
Hoje me sinto menos alheia
Ao que vem do coração
Acordo mais leve e plena
Quando a sinto palpitar
Pedindo papel e passagem
Para meus versos "escrevinhar"
Agora o que vejo é mais belo
Mesmo o sândalo perfuma o martelo
Então o que faço é cantarolar
Vejo em tudo ela brotar
E grito suavemente a melodia
E viva e viva a poesia...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Doce espera


Olho ao meu redor
Vejo poesia no sol, na lua
E nas lágrimas da chuva na janela
Que acompanham minha constante espera
Em minha mente, você, doce quimera

Fecho os olhos
Penso em teu abraço envolvente
Sedento ( ambos)
Num lampejo de um distante-caloroso
Coro ( rubras faces)
Imagino teus lábios nos meus
Famintos ( duplo instinto)
Nossa pressa e calma
Sinto ( arrepios na alma)

Em minha vida complexa
Tua ausência é prenúncio
Das almejadas horas vindouras
Onde só há completude
Nossa maior virtude.

Adélia Prado - O Amor

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Forte brisa


Meu amor é forte
Qual escultura de concreto
É reto.
Caminha léguas
Transpõe montanhas
Navega mares
É erva de raiz forte
Nunca reconhece a morte.

Meu amor é brisa
Leve tal qual pluma rara
É livre.
Flutua suavemente
Baile de borboletas
Revoada de andorinhas
É todo ele harmonia
Minha mais lúcida fantasia.

domingo, 9 de maio de 2010

Sonhos

Sonhos são para se viver
A "realidade" muitas vezes
Apenas encobre a verdade
É preciso sinceridade
É preciso sentimento
É preciso esperança
E tudo acontecerá
Repentinamente...
Sonhos são para se viver
Não para se guardar
É preciso entender
Que a vida é breve
E mais breve, o tempo
Correr ao vento
Fazer realizar
Afinal,
Sonhos são para se viver

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Beija-flor


Outro dia uma flor roubou-me a atenção
Parei para olhá-la, contemplá-la
E como quem se reconhece
Enxerguei-me nessa flor
Serena, calma, colorida
À espera de cuidados
De repente, uma mosca aproxima-se
E a flor, carnívora, num ímpeto
O devora com um golpe fatal
Voltando serena a seu estado normal
Espera...
Serei mesmo essa flor?
Não, nem sequer enxergaria a mosca
Pois mesmo faminta como estou
Ainda prefiro o doce beija-flor.

Soneto da Fidelidade

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Pintura íntima


Hoje voltei ao atelier
( Queria tanto te ver)
Peguei tinta e pincel
( Como quem bebe teu mel)
Em gestos alegóricos
( Nossos corpos eufóricos)
Primeiro, um borrão
( Sinto falta da tua mão)
Sem jeito aparece uma flor
( Venha logo, meu amor)
São cores transbordando
( Sonho que estou amando)
Borro tudo em vermelho
( Teu rosto no espelho)
Exagero em tons liláses
( Não seques, meu oásis)
Agora contornos amarelos
( Não quebre nossos elos)
E enquanto formas eu criava
( Bebas da minha palavra)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Plenitude


Nas indas e vindas de humores
Permaneço em tépidos torpores
E quando a lua muda de fases
Ainda assim não somos fugazes
Nem mercúrio, plutão ou marte
Apagam esse fogo que arde
Me invadindo o corpo sedento
Mas longe de ser um tormento
Vivo sem quebrar o encanto
E entoo ao vento meu canto
Construo sozinha vários laços
Preparando nossos abraços
Momentos raros mas leais
Nada além disso quero mais
Enfeito seu corpo de cetim
E pinto minha boca de carmim
E mesmo a lua mudando sua atitude
Ainda prefiro e enalteço a plenitude

terça-feira, 4 de maio de 2010

Pedra-sabão


Em meu coração tolo
Feito de pedra-sabão
Imprimi teu nome
Desde então
O que ouço são sinos
Da terra distante
O que vejo são anjos
Que acompanham crianças
O aroma que inspiro
São de jasmins liláses
O alimento que serve-me
É parte de tua alma
E tudo em que toco
Transforma-se em ouro
E em meu sexto sentido
Tua presença constante

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Neon


Vejo um mundo diferente
Mundo azul, todo ele neon
Um pássaro desliza
O céu  protege
O vento  leva
A paisagem  camufla
E aqui, nem sequer sei voar
Completamente deslumbrada
Contemplando essa cena
Vislumbro o céu
E, no entanto,
Ao sentir a brisa desfaleço
Sim, minha alma
Livre do corpo desliza
E assim sou forte
Sou pássaro neon a deslizar
Sou vento e paisagem
Amanhece...
E meu corpo cobra a alma.

Papai


Seus cabelos prateados
Trazem o brilho da lua
Seu sorriso maroto
Guarda em si a criança
Com ele firmei uma aliança
Serei sempre sua menininha
E por isso, nunca estarei sozinha
Meu pai é belo, constrói castelo
E, ouvindo suas sábias palavras
Me acalmo, me curo dos males
Navego com ele por todos os mares
Meu pai sabe voar e pousar
E mesmo sem querer está sempre a me ensinar
A bondade, o respeito,a caridade e o amor
Por isso canto esse hino em seu louvor.

Pai, meus parabéns por essa caminhada, sempre rumo à evolução, posso afirmar que você é um grande sessentão!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Brado


Meu grito sai sufocado
É um brado, quase calado
Mas implora teu socorro
Para que eu não desatine
E perca o controle
De algo que nunca tive
E que agora suplico
Dá-me água de beber
Minha sede é imoral
Posto que sou reles mortal
Dá-me alimento a ingerir
Minha fome é a imensidão
Deste céu sem fim
Dá-me poemas a deglutir
Minha ignorãncia é pura
Como o sorriso de uma criança
Dá-me sorrisos a distribuir
Antes que eu veja o dia ruir
Meus anseios me consomem
Faça de ti meu homem
Porque sou tua mulher

Poema de desculpas - Ana Carolina

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Elemental


Vôo rasante
Pleno, livre
Caio em nuvens
Sou pássaro veloz
Tecendo no céu
Meu caminho
Banho-me de luz
Sou água que escorre
E desagua em mar
Salgo minha pele
Sedenta, com frio,
Crio raízes, terra firme
Ponho-me de pé
Acendo a fogueira
Que existe em mim
Sou e estou lívida
Plena e lúcida
Lucidez que cega
Sou elemental

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Lua, sempre a lua...


A lua, sempre a lua,
A me rondar espreitando meus sentimentos
Esmiuçando o íntimo do meu ser ínfimo
Aquela que me cobre, me embala, me distorce
A lua irradiando-se sem me pedir licença
Acalentando meus doces sonhos delirantes
Como que me sussurrando ao ouvido segredos
Enchendo-me de graça, diante de seu explendor
Lembrando-me da imensidão das galáxias
Cantando-me ao ouvido belas canções de amor
Lua, companheira do meu romantismo embutido
Acompanhando-me desde a mais tenra idade
Inundando-me de prateada e sinuosa saudade
Atirando-me em verdadeiros poços cristalinos
Refletindo como um espelho minhas quimeras
Lembrando-me o sabor das emoções vividas
Lua vívida, cheia, transbordando sensações...

terça-feira, 27 de abril de 2010

Momentos


A vida é feita de momentos
Pequenas alegrias ao longo do dia
Um telefonema, uma poesia
Um mimo, um "mais que dar amor"
A vida passa depressa
E com ela nossos sonhos
Devemos beber o cálice dos bons momentos
E deixar de acomodarmo-nos com o tédio
Com aquilo que nos machuca e incomoda
A vida bem vivida é música suave
É beijo longo ao luar de luz intensa
A vida é leve brisa passageira
Com pitadas de alegrias passageiras
Mas que quando sentidas profundamente
São impressas no corpo e na alma
Tornando o intervalo entre essas alegrias
A nossa melhor e maior festividade

Apreço


Nestes dias em que aproximas
o teu eu de encontro ao meu
entro no encanto da sedução
então
seduzida e entregue
corpo e alma leves
plenas de vida e emoção
Quisera ter dito as palavras
impressas na mente
perdidas na nossa pressa
todas as palavras
desde o olhar ao toque
do beijo à tentação
do perigo ao desconhecido
inconseqüências
sempre tão carregadas de urgência
então partindo do desconhecido
ao gosto do já sentido
vivido
tatuado em nossos corpos
cansados de resistir
quero apenas te amar, sentir
nossos corações carentes compassados
tudo isso parece-me agora
resgatado
palavras são indizíveis
e bem sabem os amantes
que nesse instante
a junção das almas é etérea
eterna
nossas palavras descomedidas
incandescentes
as veias efervescentes
novamente os fenômenos caloríficos em mim
Passou muito tempo
e no entanto
não passou tempo algum
o que está perto consigo ver
às vezes entendo
noutras compreendo
mas sempre apreendo
relíquias do raro
nossas almas e nossos corpos
sabem que o amor é além
e quando muito tempo distantes
ficam dissonantes
preparam-se os abraços, os afagos
carícias guardadas num potinho de ouro
para nossos momentos de êxtase
então
consuma-me
e que seus braços me estenda
e que sua voz me conduza e acalante
para que seu membro vibrante
penetre novamente minha alma
sedenta de ti
e enfim
suaves ondas após o maremoto
nos conduzirão à terra prometida
você entregando suas palavras
só para que eu possa amá-las.

Essa linda poesia é do Zé:



Por ti, em ti!
  
Por ti
darei o Sol, a Lua,
o afecto, o carinho,
a paixão e o amor!

Em ti
ficará o homem
que vive
momentos felizes,
quando te sente,
te ama,
mas não vive sem ti!

José Manuel Brazão