quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Invenções 4


O poeta não necessita estar amando para expurgar seus demônios. O poeta é todo amor. O amor está na desolação da vida complicada, porque isso significa crescimento pessoal e espiritual. Vez em quando passa por sua vista um gesto de ternura, um olhar complacente, uma conversa cheia de empatia. Cumplicidade. Ora toma conta de si uma loucura branda, como ondas quentes, e passa. Então, com medo de perder-se de si, organiza-se ( ou tenta), jogando palavras numa mesa, colocando-lhe cores e sabores, como um pintor organizando na paleta o que combina e o que não. E enquanto o silêncio fizer-se, brota-lhe no peito um ritmo descompassado de seu próprio coração. Um coração cansado mas disposto a colorir e "poetar".

2 comentários:

  1. Luz, gostei do teu poema. E estou de acordo contigo... O poeta não expressa somente o amor. Expressa todo o sentimento vivido e sentido dentro do coração. Tem a coragem e a ousadia de colocá-los no papel, sem medo da exposição.

    Parabéns!

    Um beijo ;)

    ResponderExcluir
  2. Que bom que existe toda essa complexidade , na cabeça e no coração do poeta. tenho esperança que a poesia ainda vai salvar o mundo.

    Um beijo , Luciana !

    ResponderExcluir

Eu não sei dizer nada por dizer,
então eu escuto...
Fala!