segunda-feira, 29 de junho de 2009

Ita Bira


Itabira não é para mim
Um mal tão grande assim...
Ai, ai, ai, ai
Não pode-se julgar um lugar por nossas próprias mazelas
Itabira acolheu-me profissionalmente
E, finalmente, deu-me um lar decente
Ai, ai, ai, ai
Tão perto do mestre Drummond...
Olho de frente, vejo casas simples
Olho ao lado, vejo um lago
( Rejeitos da Vale, sem vale...)
Ai, ai, ai ,ai
Mas olho sonhando um oásis
Talvez um lago natural, com seus encantos
Vejo de frente a Fazenda do Pontal
Nem sei se o mestre já viveu ali...
Se prossigo em frente, chego ao Memorial
Sem saber ao certo se foi feito
Para homenagear ou usar...
Ai, ai, ai ,ai
Mas o que importa?
Se são traços verdadeiros que habitam ali?
Uma velha máquina de escrever,
Onde também, como eu, tu deixastes impressos
Teu pesar, espanto e alegria
Acerca dessa vida,
Dura, férrea.
Não a deixarei, Itabira,
Dura Ita,
Não antes de redescobrir-me,
Não antes de estender minha mão cansada
Àqueles que dela precisam
Ai, ai, ai , ai
Escrevo em vão,
Tantas vezes sinto vontade de chorar
( Nem mesma eu sei, se de tristeza ou perplexidade)
O pranto vem, e,
Tanto mais forte,
Prossigo!
Ai, ai, ai, ai!
Itabira,
Acalanta-me.

Um comentário:

Eu não sei dizer nada por dizer,
então eu escuto...
Fala!