quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Poesia





A poesia, de dia, me consome.
Em minhas batalhas noturnas,
a poesia deixa-me insone.
Bate na vidraça dos meus olhos
Mas sem pedir licença, adentra meu ser.
Corrompe-me,
Dilacera meu peito.
Quer extravasar-se de mim.
Os dedos procuram um instrumento,
O instinto lavra o documento.
Por um momento, livro-me do tormento.
Mas algo fica não-dito.
É que é difícil expressar o indizível,
O sentimento invisível.
A poesia é comigo um ser.

2 comentários:

  1. Dá para entender que a poesia brota espontânea do seu espírito, daí ser agradável, fluída e genuína.
    Aplaudo.

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  2. Concordo que a poesia dilacera de certo por entrar no recôndito da alma, ao mesmo tempo que se fica pelas imediações do indizível. Não é fácil extrapolar esses limites. Belo poema, como outros que hoje tive oportunidade de ler.
    Antonius

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Eu não sei dizer nada por dizer,
então eu escuto...
Fala!