terça-feira, 30 de março de 2010

Reflexo compartilhado



Não há luz senão refletida pelos olhos de quem a vê
Tantos são os que caminham tateando a escuridão
Caminho em direção contrária ao vento
Busco paz, busco alento
Dias difíceis mas entes dóceis a me consolar
O mistério da vida a sondar-me as portas da reflexão
Estrela longíqua a bailar no céu
Refletindo em meu rosto sua ofuscante luz
A ela me agarro como a um raio de sol
Sol penetrante a me amparar
Seus raios dourados a me embalar
Amor, muito amor é o que preciso
Amor, muito amor é o que tenho a oferecer
Para quem o merecer
E o reflexo naturalmente se fará

sábado, 27 de março de 2010

Poesia e luz

Quando de repente exausta
Resolvo tudo abandonar
Eis que surge um luz opaca
Absorvo-a em meu ser
E pela alquimia do amor a transformo
Lápis e papel à mão
Brilho forte, de luz radiante
Metamorfose de sensações
Irradiante brilho a rondar-me
Transparência de sentimentos
Enfim, abrando meus tormentos
E a poesia se faz singela
Abrindo portas trancadas
Percorrendo longas estradas
A poesia é luz

terça-feira, 23 de março de 2010

Como é difícil adormecer...


Uma doce canção ao vento
No meio da noite tento me inspirar
Ao ver expirar minha aflição
Sofro e sinto-me livre
Idiossincrasias dessa vida
Como um cometa atravesso o céu
E me desfaço em milhares de partículas de luz
Tento montá-las em um vitral
Para ver refletido nele meu rosto
No céu, uma lua tímida tenta crescer
Na terra tento adormecer...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulher


Mulher bonita, bonita mesmo
É aquela que acorda todos os dias plena
Dona de si e de seus atributos
Conhecedora de si mesma
Aquela que esquece de suas dores para amparar o próximo
A mulher que bebe suas lágrimas e renasce
A que dá conta de tudo que há de ser feito
A trabalhadora, mãe, dona de casa, e ainda mulher
Ainda que carente, feminina e forte
A verdadeira mulher tem fases como a lua
Mas não se deixa intimidar pelos reveses da maré
Usa para o bem seu sexto sentido
Busca formas de encontrar e espalhar a paz
Mulher bonita é assim
Por dentro.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Meu eu



 Renuncio a hipocrisia
Gosto mesmo é da verdade, ainda que crua
E que me doa nas vísceras minha autenticidade
Que a vida me dê milhares de posssibilidades
Mesmo que com isso eu perca o equilíbrio
Quero meu coração batendo acelerado
Minhas veias levando e trazendo sangue em lavas
O sol da liberdade queimando-me o corpo
Não gosto de jogos, de meias palavras
Quero o horizonte limpo, onde posso ver
E mais que ver, enxergar além
Não me venha com falsos orgasmos
Traga-me a luz de seu cerne
Amo dar e provocar risadas
Porque sou sanguínea
Amo doar-me
Mas nunca mais do que você precisa ou quer
Porque também sei dosar
E se tiver que me atirar de ponta-cabeça no poço
Vou lá
Porque aprendi o caminho de volta.