quarta-feira, 21 de abril de 2010

Por dentro, você.





Fecho meus olhos, por dentro, você
Sinto a imensidão do nosso amor
Agora a vagar
Mas, de onde vem esse doce mistério, ainda a brilhar?
Fusão de duas almas sedentas a se desejar
Sentimentos que não se esgarçam com o tempo, com o vento
Quem dirá, com um contratempo?
O tempo, senhor de todas as razões
O fará recordar...
Nossos corações, para sempre unidos
Jamais serão banidos ou iludidos
Percorro caminhos, solitários, recordando
Suas marcas, as linhas de seu corpo, minhas amarras
O meu sofrimento, ainda ele é belo e calmo, e leve
Porque, meu amor, ainda agora estás aqui
Impresso em meu corpo ainda quente por ti
A sedução impressa em suas doces palavras
Que me disseste só para eu poder amá-las
E para sempre guardá-las
Ainda soam suaves e enérgicas em meus ouvidos
Nossos corpos próximos, sempre nus
O arfar de nossa respiração ao desejarmo-nos
O vai-e-vem desenfreado, a alma exposta
E a explosão imensa ao gozarmos
O desejo, altar maior, que não se aquieta
mas apenas descansa e desperta
Os longos beijos, as línguas a dançar
Provocando a fusão de nossas almas
A fome, a sede, a faca e o queijo nas mãos
Suas mãos a percorrer meu corpo em frenesi
Rostos em êxtase de pura paixão
Seu corpo, Meu Amor, minha morada
Seu rosto, Meu Querido, meu espelho
Sua alma, Meu Bem, meu repouso
Seu ventre, Meu Devasso, meu gozo
Como pode acontecer de apartar
Se meu corpo ainda está a clamar
Se minhas veias ainda a fervilhar
Se minhas teias estão a rogar
Se meu sexo ainda a molhar
Se minha saudade vive a me rondar
Se sua ausência presente a me provocar
Não me abandones, encanto meu
Pois és a inspiração para meus versos
E minhas pobres rimas
E amanhece, anoitece
Fecho meus olhos, por dentro, você
E volto a sonhar.

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