sexta-feira, 9 de abril de 2010

Torre de Babel


Presa, como um nó na garganta a poesia está
Como nuvens negras a tinta borra o papel
A borracha esgotou toda a sua força
Minha imaginação já não é
Corro os olhos em antigos poemas
Admiro-os, fui eu quem escrevi?
Hoje, na imensidão de meu coração
O silêncio
Sentimento forte, ambíguo
Choro manso, riso forte
São tantas sensações no coração
Já fraco, dilacerado, estampado de ilusões
Do alto do edifício vejo-me pequena
Pombas me comem em migalhas
No chão permaneço olhando o vasto céu
Mas seu pavão misterioso não mais existe
Caminho noite adentro
E tento buscar alento
Em vão...
Faltam-me versos, fugiram de mim em bando
Meu sorriso brando esconde minha dor
E, no entanto
Minha mente de poeta agita
Busca satisfação em sentimentos transmutados no papel
Qual Torre de Babel...

Um comentário:

  1. Vc dará poesia a todas as situações, este é seu grande segredo revelado.
    Ei! Dorme mais cedo tá?
    bjks saudosas, Cecilia

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Eu não sei dizer nada por dizer,
então eu escuto...
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