quarta-feira, 7 de julho de 2010

Estilhaços


Nesses longos dias estranhos
Em que ando eu sumida de mim
Apartada de antigos desejos
E de meus presentes anseios
Procuro a luz no fim do túnel
Inclinada a alguns temores
Cantando hino de louvores
Para a lua e seus tais afins
Desde quando perdi o brilho
Faltam-me versos para expressar
Durmo em praças, qualquer lugar
Menos no meu já cansado corpo
Sinto-me um ser estranho, amorfo
Sem graça, cor, cheiro ou sabor
Busco soluções entre opções
Saudosa de  vontades ou paixões
Entoo um canto triste que ecoa em vão
Apagaram-se as luzes, o palco caiu
Sumiram os palhaços, a alegria partiu
Meu peito ruiu, a música silenciou
E o que fica são pequenos estilhaços
Pedaços de mim espalhados no chão
E a cola além,  longe da minha mão

3 comentários:

  1. Como é bom ter uma mão, que não é minha,mas que escreve por meus pensamentos.....rssss Bjins
    Regina

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  2. que versos mais sentidos.... deixando muito sentimientos encontrados.........no ar...

    te felicito..

    abracos

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  3. Bonito seu texto...demostra dor, uma certa tristeza e desengano com a vida...
    Acho que te entendo...tenho momentos assim...mas tenho que sair deles e continuar a vida...
    Gostei do seu Blog tem verdade, tem sentimento, tem beleza nele, passo a te seguir

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Eu não sei dizer nada por dizer,
então eu escuto...
Fala!