sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Jornada


Pudesse eu ter o poder de refletir o sol que ontem brilhou em mim
Caminho tentando seguir o túnel que leva à luz mas meus passos vacilam
Mergulho em lençóis, na esperança do sonho que reanimará
Tateio, em meio à escuridão, o caminho do sol
Levo em meu coração o cordão que liga-me aos entes queridos
Vejo-me a sonhar acordada pois o sono foge de mim
Volto meu olhar ao horizonte que me eleva ao amor
Reflito no espelho olheiras espessas mas belas
Por que com elas cresço e rejuvenesço mais tarde
Lembro de fatos outrora vividos mas nunca esquecidos
Momentos de vida vividos plenamente
Minha mente abarrotada de ilusões realísticas
Consome aos poucos a esperança
Não desisto, luto intermitentemente
Preciso estar lívida e lúcida
A vida me leva a caminhos tortuosos e retos
Procuro a chave da gaveta onde enterrei meus sonhos
Sempre.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Nem de mim


Vislumbrei o azul, mas só sombra vi.
Embaixo do sol quente, resfolegando estava eu.
Viéses e reveses do passado a me sondar, minha vontade? bailar...
Minha virtude? Diga você...
Na sombra ínfima, me vi tentar, lutar até desmaiar...
A vida a girar em suas luzes ofuscantes,
Deixando-me visionária e só.
Tentei agarrar a sorte com todos os meus dentes,
matrizes de uma vida de busca,
Sorri, chorei, binquei, tentei...
Em vão?
Vi pessoas ao meu redor, pessoas maravilhosas,
Cada qual com sua particularidade e luz...
Roubei um raio de sol,
Sentimento esgarçado pelo tempo,
Esse senhor risível e ilusório...
Ilusões, armações, joguetes de um destino
Será uma constante o ato da busca?
Não sei.
Aliás, nada sei.
Nem de mim.
Diga você...