sábado, 17 de abril de 2010
Água
O amor qual água límpida escorre em cascatas
Levando pensamentos em gotas esparsas
A felicidade flui além do fio de seu curso
E, aos arredores, bailam estrelas diurnas
Em tempos vem a bruma esconder a beleza
Em tempos vem a estrela vespertina
O amor é água e abriga em si o silêncio
Voz profunda dos oceanos imensos
Vale-me debruçar sobre essas águas
E buscar saciar minha sede tão vívida
E sentir sua tepidez envolta em poesia
No ofício de fundir alma e corpo
Deleito-me bailando em suas ondas
Em sua corredeira mansa mas incerta
Meu coração é água também
Em meus olhos, duas lâminas dessa água
Deslizam diante da descoberta
Fora do rio, infinito amor, já não me perco
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